sábado, 24 de novembro de 2012

É CONVERSANDO QUE A GENTE SE ENTENDE


Andarão dois juntos, se entre eles não houver acordo (Am 3.3).
A resposta branda desvia o furor, mas a palavra dura suscita a ira (Pv 15:1).
A grande maioria dos problemas de relacionamento está ligada a uma comunicação deficiente. A forma como falamos e nos expressamos é que faz toda a diferença para o bem ou para o mal.
 Preste bem atenção e você notará isso no seu próprio relacionamento.
Quando melhoramos a nossa forma de nos comunicar, o relacionamento melhora também.
A maior parte de nossa comunicação, segundo um especialista, é não verbal.
Veja como comunicamos:
·     7% comunicação por palavras
·     38% por gestos ou expressões faciais e corporais.
·     55% pelo tom de voz.
A comunicação não acontece apenas quando falamos. Comunicamo-nos também pelas atitudes e gestos.
O tom de voz é essencial para um relacionamento conjugal, pois a percepção do outro se dá pelo tom de voz e não pelas palavras em si.
Voz carregada de ironia, desconfiança, agressividade, insinuações, é uma arco estendido cuja flecha vai penetrar o coração do outro.
Para uma boa comunicação não é só  saber falar, mas também saber ouvir. Na epístola de Tiago diz:
Sabeis isto, meus amados irmãos; mas todo o homem seja pronto para ouvir, tardio para falar, tardio para se irar (Tg 1:19)
Um conselheiro tipificou as modalidades de comunicação em três, sendo elas:
Comunicação Pró-ativa:
 É o nível mais elevado e de melhor resultado. É quando o casal trata de assuntos de forma antecipada.
Eles falam de fatos, situações, sonhos, desejos, e especialmente, de sentimentos e expressam suas ideias abrindo seus corações um para o outro.
É interessante que assim seja, por que o diálogo acontece quando as coisas estão calmas, o problema ainda não aconteceu, eles estão emocionalmente equilibrados e não é momento de pressão ou stress.
Eles discutem com tranquilidade a aproximação de um problema e tratam de resolvê-lo.
Comunicação Reativa:
É quando o problema já se instalou e o casal precisa tratar do assunto. Porém, como já estão no meio de uma crise, os nervos estão à flor da pele e precisam chegar a um consenso. É a reação diante de um fato ou situação. Essa é a comunicação que deve ser levada a efeito com muito bom senso, camaradagem e cuidado com o que se fala, porque a possibilidade de uma agressão verbal aqui é eminente. Vale lembrar que na maioria das vezes nós confundimos quem é o nosso inimigo, que é a crise, o problema, e não o parceiro.
Aqui o tom de voz está alterado e os nervos estão aflorados, cuidado com as palavras, pois, uma vez lançadas elas não voltam mais.
Comunicação Radioativa:
Assuntos importantes não foram discutidos com antecedência e agora os problemas surgiram. Geralmente são relativos a coisas como dinheiro, educação de filhos, relacionamento com parentes ou mesmo, sobre sexo.
O ambiente, neste caso, torna-se carregado e é quando acontecem danos para a relação, pois os nervos estão à flor da pele.
 O perigo são as palavras, as decisões precipitadas. A possibilidade de agressão está presente. Radioatividade é envenenamento do ambiente.
Agora, se as coisas estão tão ruins que vocês  não estão conseguindo trabalhar isso, peça ajuda. Procure um conselheiro, um amigo, um pastor, enfim, alguém de confiança.
O melhor é discutir assuntos quando não estão no meio da crise e tem o tempo para  trabalhar o assunto, escolher as palavras para  que feridas não sejam abertas.
Quando o casal discute temas mais complexos é bom não fechar a porta do diálogo, dando assim o assunto por encerrado nas primeiras conversações. Em alguns casos é preciso um pouco mais de tempo para amadurecer a ideia e chegar a uma melhor solução.
Nós temos um nível de exigência absurdo em relação à vida, queremos que absolutamente tudo dê certo, e que, às vezes, por aborrecimentos mínimos, somos capazes de passar um dia inteiro um de cara amarrada com o outro.
Somos capazes de brigar por causa de uma toalha molhada sobre a cama ou uma pasta de dente que ficou aberta ou ainda, por causa de um sapato fora do lugar. Coisas tão pequenas que não poderia ser motivo de uma crise, mas acabam sendo.
 Quando nós diminuímos o nosso nível de exigência, usamos de mais tolerância, paciência e bondade, a vida comum do lar fica mais fácil. Ferimos-nos  menos e não vamos ficar decepcionados a todas hora.
 Algumas pessoas são frustradas com o relacionamento conjugal exatamente por isso, porque criou uma expectativa além da realidade, acreditou em contos de fada e depois descobriu que não era verdade e se decepcionou com o cônjuge.
 Quando Deus disse que faria para uma mulher para Adão, Ele disse que ela seria uma ajudadora idônea, ou seja, alguém competente, capaz.
Esta é a mulher que Deus fez para Adão, alguém competente e capaz. Aproveite bem a existência da esposa, sua companheira competente e capaz e aprendam a decidir em conselho, especialmente as coisas importantes, discutindo as questões como uma equipe.
As frases abaixo denotam quando a comunicam não vai bem:
- Eles não conseguem se falar, quando tentam acabam brigando,
-Não tenho mais paciência, chega, não quero ouvir você falar mais nada!
-Será que dá pra você parar de gritar comigo? Você só vê erros em mim, só me critica, vive gritando comigo.
-Porque você sempre me diminui na frente das pessoas?
- A cara que você fez foi percebida por todos os presentes.
Veja que quando a comunicação vai mal, o tratamento é descortês, um responde grosseiramente para o outro.
Interessante, tem pessoas que fora do lar são delicados, mas em casa, com o cônjuge, são sempre agressivos nas palavras. Quando trata com estranhos, principalmente no telefone, é um doce, mas com o cônjuge é um limão.
Casais que não aprendem a dialogar são aqueles que se separam quando os filhos se vão.
Uma jovem esposa brigando com o marido disse: “Eu me casei sonhando com um príncipe vindo no cavalo branco, mas hoje vejo que só chegou até mim o cavalo, porque o príncipe ficou pelo caminho”
 Nada façais por contenda ou por vanglória, mas por humildade; cada um considere os outros superiores a si mesmo.(Fl 2:3)

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